Segundo o relatório, o Pará tem 0,97 médico por mil habitantes, ou seja, duas vezes menos do que a média nacional.
Na avaliação dos conselhos de medicina, baixo número de profissionais decorre da falta de políticas públicas para fixação em munícipios mais distantes e regiões menos desenvolvidas
Com uma população de 8,3 milhões de habitantes, o Pará tem 8.090 médicos, o que resulta numa proporção de 0,97 profissionais por mil habitantes. São 51,8% de especialistas para 48,2% generalistas (razão de 1,08 especialistas para cada generalista). Os homens são 54,8% dos profissionais e as mulheres, 45,2%. A idade média dos profissionais é de 46 anos, com um tempo de formação médio de 19,7 anos. A maioria dos médicos (52,1%) tem até 44 anos.
Os dados constam da pesquisa Demografia Médica 2018, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina de São Paulo. O levantamento, coordenado pelo professor Mário Scheffer, usou ainda bases de dados da Associação Médica Brasileira (AMB, Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Educação (MEC).
No Estado, a clínica médica concentra o maior número de especialistas (646), seguida pela pediatria (580), cirurgia geral (522), ginecologia e obstetrícia (487) e anestesiologia (359). As especialidades com menor número de especialistas são genética médica (2), cirurgia torácica (7), medicina nuclear (8), cirurgia de mão (10), cirurgia da cabeça e pescoço (10) e medicina física e de reabilitação (10).
Na capital paraense, moram 1,4 milhão de belenenses, que são atendidos por 5.635 médicos, o que dá uma razão de 3,88 profissionais por mil habitantes e uma proporção de 69,7% de médicos morando na capital. Desses profissionais, 50,8% são do sexo masculino e 49,2%, feminino. Os especialistas são 55,8% e os generalistas, 44,2% dos médicos que atendem na capital do Pará.
Para os Conselhos de Medicina, os números apresentados confirmam o equívoco do Governo, que tem defendido o aumento da população de médicos como solução para resolver as dificuldades de acesso aos serviços de saúde no País. Pelos dados, esse crescimento, percebido em nível nacional nos últimos anos, não tem repercutido nas regiões mais distantes e menos desenvolvidas. Por outro lado, avaliam as entidades, a presença significativa de profissionais, como registrado em alguns estados e municípios, não tem sido suficiente para eliminar problemas graves de funcionamento da rede pública e de acesso aos serviços, decorrentes da falta de qualidade na gestão e da adoção de políticas públicas eficientes no setor.
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